Datas Importantes

 

1º de junho de 1563: leis anti-Bruxaria começam a vigorar

No dia 1º de junho de 1563, o English Witchcraft Act (“ato inglês anti-Bruxaria”) passou a vigorar. Ele ficou válido até 1951, quando a última lei anti-Bruxaria foi revogada. Nesse período, muitas pessoas foram perseguidas e mortas.

O ano de 1951 ficou marcado pelo lançamento do livro “O Significado da Bruxaria“, de Gerald Gardner, que levou ao público o que era a Bruxaria Moderna, que a Antiga Religião ainda resistia etc. Em 1954, ele lançou seu outro trabalho “A Bruxaria Hoje“. Ambos os títulos são encontrados com tradução para o português.

Ao contrário do que muitos pensam, nunca houve uma lei americana proibindo a Bruxaria – o episódio em Salem, por exemplo, aconteceu enquanto os Estados Unidos ainda eram uma colônia inglesa. Em 1985, o governo americano reconheceu a Wicca como uma religião legítima.

 

Carnaval e suas origens pagãs

O carnaval, para surpresa de muitos, é um fenômeno social anterior a era cristã. Assim como atualmente ela é uma tradição vivenciada em vários países, na antiguidade, o carnaval também era uma prática em várias civilizações. No Egito, na Grécia e em Roma, as pessoas das diversas classes sociais se reuniam em praça pública com máscaras e enfeites para desfilarem, beberem vinho, dançarem, cantarem e se entregarem as mais diversas libertinagens.

 

O Carnaval Pagão começa quando Pisistráto oficializa o culto a Dioniso na Grécia, no século VII a.C. e termina quando a Igreja adota, oficialmente, o carnaval em 590 d.C. Será que termina?

A diferença entre o carnaval da antiguidade para o moderno é que, no primeiro, as pessoas participavam das festas mais conscientes de que estavam adorando aos deuses. O carnaval era uma prática religiosa ligada à fertilidade do solo. Era uma espécie de culto agrário em que os foliões comemoravam a boa colheita, o retorno da primavera e a benevolência dos deuses. No Egito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuo das águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e da loucura, era o centro de toda as homenagens, ao lado de Momo, deus da zombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas a começar por Júpiter, deus da urgia, até Saturno e Baco.

A festa em louvor a Dioniso se desdobrava em quatro celebrações, em Atenas: as Dionísias Rurais, as Leneias, as Dionísias Urbanas ou Grandes Dionisias e as Antestérias, se estendendo de dezembro à março.

Estas festas que tiveram grande desenvolvimento no século VI a.C. acabaram por gerar o que se pode chamar “bagunça Dionisíaca”, por isso foram fortemente reprimidas no século V a.C., no auge do desenvolvimento artístico cultural da Grécia (governo de Péricles – 443 – 429 a.C.) quando a cidade foi embelezada por monumentos como Partenon espalhando seu brilho por todo Mediterrâneo.

O século V a.C. foi o grande período da Grécia Clássica. Entretanto a influência política e cultural somente atingiu seu esplendor no século IV quando Alexandre, o Grande, expandiu as conquistas gregas formando colônia em lugares afastados como o leste do Afeganistão e as fronteiras da Índia. É a chamada época Helenista. Nessa ocasião foi introduzida na Grécia o culto a Isis (vide deusa Isis no Egito).

Em 370 a.C., quando Atenas perde a hegemonia da arte já se pode sentir a penetração do culto a Dioniso em Roma.

As bacchantes, sacerdotisas que celebravam os mistérios do culto a Dioniso, nesse tempo mais conhecido como Baco (é com o nome de Baco que Dioniso entrou em Roma, daí alguns estudiosos afirmarem a origem italiana da palavra), ao invadirem as ruas de Roma, dançando, soltando gritos estridentes e atraindo adeptos em número crescente, causaram tais desordens e escândalos que o Senado Romano proibiu as Bacanais, em 186 a.C..

Na Roma antiga, o mais belo soldado era designado para representar o deus Momo no carnaval, ocasião em que era coroado rei. Durante os três dias da festividade, o soldado era tratado como a mais alta autoridade local, sendo o anfitrião de toda a orgia. Encerrada as comemorações, o “Rei Momo” era sacrificado no altar de Saturno. Posteriormente, passou-se a escolher o homem mais obeso da cidade, para servir de símbolo da fartura, do excesso e da extravagância.

Com a supremacia do cristianismo a partir do século IV de nossa era, várias tradições pagãs foram combatidas. No entanto, a adesão em massa de não-convertidos ao cristianismo, dificultou a repressão completa. A Igreja foi forçada a consentir com a prática de certos costumes pagãos, muitos dos quais, cristianizados para que se evitasse maiores transtornos. O carnaval acabou sendo permitido, o que serviu como “válvula de escape”, diante das exigências que eram impostas aos medievos no período da Quaresma.

Na Quaresma, todos os cristãos eram convocados a penitências e à abstinência de carne por 40 dias, da quarta-feira de cinza até as vésperas da páscoa. Para compensar esse período de suplício, a Igreja fez “vistas grossas” às três noites de carnaval. Na ocasião, os medievos aproveitavam para se esbaldar em comidas, festas, bebidas e prostituições, como na antiguidade.

Na Idade Média, o carnaval passou a ser chamado de “Festa dos Loucos”, pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes pagãos. Na “Festa dos Loucos”, tudo passava a ser permitido, todos os constrangimentos sociais e religiosos eram abolidos. Disfarçados com fantasias que preservavam o anonimato, os “cristãos não-convertidos” se entregavam a várias licenciosidades, que eram, geralmente, associadas à veneração aos deuses pagãos.

O carnaval na Idade Média foi objeto de estudo de um dos maiores pensadores do século XX, o marxista russo Bakhtin. Em seu livro Cultura Popular na Idade Média e no Renascimento, Bakhtin observa que no carnaval medieval – “o mundo parecia ficar de cabeça para baixo”. Vivia-se uma vida ao contrário. Era um período em que a vida das pessoas tornava-se visivelmente ambígua, pois a vida oficial – religiosa, cristã, casta, disciplinada, reservada, etc. – amalgamava-se com a vida não-oficial – a pagã e libertina. O sagrado que regulamentava a vida das pessoas era profanado e as pessoas passavam a ver o mundo numa perspectiva carnavalesca, ou seja, liberada dos medos e das pressões religiosas.

Com a chegada da Idade Moderna, a “Festa dos Loucos” se espalhou pelo mundo afora, chegando ao Brasil, ao que tudo indica, no início do século XVII. Trazido pelos portugueses, o ENTRUDO – nome dado ao carnaval no Brasil – se transformaria na maior manifestação popular do mundo e por tabela, numa das maiores adorações aos deuses pagãos do planeta.

Quem disse que o Paganismo não existe mais?

 

 

Halloween, o Ano Novo na Wicca e a importância de Samhaim para os pagãos

A Roda do Ano wiccan na verdade é um ciclo que não tem começo nem fim, mas Samhaim é considerado tradicionalmente o Ano Novo na Wicca, pela sua simbologia de morte e suspensão do véu entre os mundos. Na verdade, mesmo os mitos celtas giram em torno do que acontece na natureza. Inverno, primavera, verão e outono representam, na verdade, nascimento, crescimento, decadência e morte, e a roda gira continuamente.

 

 

O ritual seguinte ao de Samhaim é o ritual de Yule (solstício de inverno), no hemisfério norte, ou Litha (solstício de verão), no hemisfério sul, para quem celebra a roda de forma mista (sabás maiores na data tradicional e sabás menores de acordo com as estações).

Mesmo para quem não é wiccan, mas tem certa simpatia pela cultura celta, Samhaim é aquela época que nem se quiséssemos nós poderíamos ignorar, porque está em todo lugar. E, tirando as neuras a respeito do que é falado sobre Halloween, o importante é nós sabermos do que se trata e curtir as dezenas de festas que acontecem nessa época, e mesmo organizar eventinhos em casa junto com nossos amigos, familiares ou coveners (se você fizer parte de um, claro). É sempre o melhor momento para lembrarmos de nossos ancestrais e comemorar com os parentes que ainda estão vivos.

Samhaim e Beltane são considerados os dois grandes festivais celtas porque marcam as metades clara e escura de um ano completo. Muitos wiccans preferem celebrar Samhaim em 30 de abril, pois as estações daqui são invertidas de acordo com o hemisfério norte. Como o nosso site tem amigos tanto no hemisfério sul quanto no hemisfério norte, nós preferimos manter as datas originais da cultura que tal evento se origina, para não virar tudo uma imensa e desnecessária confusão. Mas cada um celebra como achar que lhe convém.

 

 

 

Dia do Orgulho Pagão

O Dia do Orgulho Pagão (Pagan Pride Day) é um evento mundial em que celebramos a diversidade e o orgulho de sermos pagãos. Participam também do evento pais, irmãos e amigos de pagãos que se juntam em uma rede mundial, confraternizando-se para uma grande amizade e aceitação religiosa.

 

O Dia do orgulho Pagão é um projeto sem fins lucrativos e desvinculado de qualquer empresa ou associação. O principal objetivo é a divulgação positiva das religiões pagãs como qualquer outra forma de religião, visando diminuir o preconceito e a discriminação que por séculos tomou o Paganismo no geral. Há um enorme sentimento de amizade, família, amor e paz entre os participantes.

Nesse dia, mesmo os que não participam dos eventos relacionados podem demonstrar seu orgulho de ser pagão usando em seu corpo uma fitinha violeta amarrada no braço, na bolsa, no cabelo, enfim, onde desejar, para mostrar que é pagão e se importa com a data. Muitos pagãos não ligam para o evento, também.

Organizadores

O Dia do Orgulho Pagão começou através de uma iniciativa de Cecylyna Dewr e Dagonet Dewr na Liga Pagã de Esclarecimento, uma organização fundada para o esclarecimento público a respeito das práticas pagãs. Desde então esse projeto vem crescendo e unido pagãos de todo o mundo para o fortalecimento de nosso modo de vida.

A maior representação ainda encontra-se nos Estados Unidos, mas pagãos do mundo inteiro estão lutando para o crescimento do projeto

 

 

O dia 8 de março no Paganismo

Eventos importantes neste dia:

  • Dia internacional da mulher.
  • Dia das mães na Rússia, Eslovênia, Albânia, Sérvia, Montenegro e Bulgária.
  • Dia da Mãe Terra na China

 

 

Liberdade de culto e religião

Dia 7 de janeiro: Dia da Liberdade de Culto
Dia 22 de setembro: Dia do Orgulho Pagão

No Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos está escrito: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade”.

E também, no Artigo II, podemos ler: “Todo homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição”.

 

Percebe-se, no texto, lendo-o atentamente, que são apontadas nele quatro tipos de liberdade:

- liberdade religiosa
- liberdade de pensamento
- liberdade civil
- liberdade política

Podemos afirmar que liberdade religiosa (ou de culto) estaria inserida também na liberdade de pensamento e, portanto, na civil e, portanto, na política e vice-versa em cada ponto citado. Liberdade, na verdade, trata-se de uma única e simples palavra: sinônimo de respeito com a individualidade do próximo, do irmão, do estrangeiro. Quando a concedemos a alguém, ganhamos nosso próprio direito de usufruí-la.

Em tempo: no Brasil, o primeiro político a se preocupar com a liberdade religiosa do cidadão brasileiro foi o escritor Jorge Amado. Eleito deputado federal, em 1945, pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB) de São Paulo, Jorge Amado participou da Assembléia Constituinte, em 1946, tendo sido autor da Lei da Liberdade de Culto Religioso.

Fonte: IBGE

Conheça a Constituição Federal do Brasil clicando aqui.

O artigo nº5 diz:
VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias.

A Constituição brasileira assegura a liberdade de culto, mas sobre isso muitas barbaridades foram e ainda são cometidas pelo mundo. Símbolos e culturas são destruídos para que possam ser impostas as crenças dos grupos dominantes. Belíssimas festividades de reconhecimento e gratidão aos entes da natureza foram hostilizadas, taxadas de pagãs e por fim proibidas de serem realizadas. Homenagens ao sol, à lua, à mãe terra foram terminantemente proibidas para que o cristianismo da igreja pudesse ser inculcado com desenvoltura.

 

Hogmanay

Trata-se do nome dado ao Ano Novo na Escócia. Há muita festa, comidas típicas e procissões de homens vestindo peles e chifres de animais, herdados da tradição xamânica de seu povo. Há também renas, duendes e o próprio xamã fantasiado de Papai Noel.