Oráculos

 

Visão

“A visão é a capacidade de ver, ouvir, sentir, tocar e sentir o sabor com os sentidos internos” (Starhawk). A visão através dos olhos, como um dos cinco sentidos, é um pouco diferente dessa visão a qual estamos nos referindo, pois trata-se apenas de ver com os olhos. Na visão da Bruxaria, estamos falando em ver com a mente.

As bruxas sempre estiveram associadas aos dons da visão e da clarividência. A grande maioria das pessoas pensa que apenas algumas pessoas nascem com esse poder. No entanto, o dom da visão pode ser desenvolvido em qualquer um, através de práticas e exercícios.

A visão na Bruxaria relaciona-se à arte de ver fatos, objetos ou situações através de impressões psíquicas. O inconsciente é clarividente e telepático por Natureza. Aprender a utilizar objetos em foco para desenvolver a percepção é fundamental no começo, mas a tendência é que som o passar do tempo você não precise mais de tais objetos.

O treinamento mágico para quem trabalho sozinho é mais difícil, por não ter orientação, mas pode ser feito da mesma forma, permitindo que entremos em contato com o Divino dentro de nós. Há quatro habilidades básicas que devem ser desenvolvidas por quem está iniciando: relaxamento, concentração, visualização e projeção.

A visualização criada em feitiços e rituais deve ser aquela do objetivo desejado, não necessariamente o meio pelo qual eles ocorrerão. Nós imaginamos um paraplégico correndo no campo, e não os seus ossos. Mantemos nossa atenção sobre o nosso propósito.

Quando iniciar seus exercícios de visualização, preste sempre muita atenção nos símbolos, cores, divindades, animais, plantas, paisagens, números e cenas que aparecerem. Preste atenção a quem eles estão ligados.

Desenvolva uma rotina disciplinada de prática da visão, anotando semrpe todas as suas experiências. Procure manter uma rotina de exercícios três vezes por semana, pelo menos, e faça sempre uma lista dos símbolos que aparecerem para você.

A visão desenvolve-se apenas com a prática. Algumas pessoas têm mais facilidade que outras, mas todos podem se aperfeiçoar. Para se ter uma idéia de como qualquer um pode desenvolver a visão, aqui vai uma brincadeirinha: NÃO PENSE EM UMA MAÇÃ VERDE!

Obviamente você pensou em uma maçã verde. Apesar de eu ter dito para você não visualizá-la, você visualizou. Isso porque a palavra-chave do comando foi “maçã-verde”, então seu cérebro automaticamente associou à fruta. Essa brincadeirinha simples serve apenas para mostrar que qualquer um tem a visão, só deve desenvolvê-la.

Adivinhação

Adivinhação é a arte de usar a sensibilidade para prever eventos passados, presentes e futuros.

As bruxas e bruxos aprendem a desenvolver seus dons psíquicos de modo que ficam mais “abertas(os)” a esse tipo de percepção. Não é necessário nascer com um dom, porém há pessoa que desde pequenas já são mais sensíveis a esse tipo de coisa. Sensibilidade que pode ser aprendida por qualquer um que se dedicar ao estudo da Arte.

 

Entre os ramos da adivinhação estão:

Acultomancia – Adivinhação por meio de agulhas.
Aeromancia – Adivinhação pelos fenômenos aéreos.
Alectromancia – A arte de adivinhar por meio de um galo.
Aleuromancia – É um meio de adivinhação através da farinha.
Alfitomancia – Adivinhação muito antiga por meio do pão de cevada.
Alomancia – Adivinhação por meio do sal.
Amniomancia – Observação do crânio de uma criança ao nascer.
Antropomancia – Consulta dos intestinos e órgãos internos de crianças sacrificadas (o imperador Juliano, o Apóstata, parece ter praticado este método de adivinhação)
Apantomancia – Observação de objetos que aparecem repentinamente.
Armomancia – Observação dos ombros e costas de um animal que foi sacrificado com esse propósito.
Aspidomancia – Adivinhação colocando-se no interior de um círculo mágico e caindo-se num estado de transe provocado pela recitação de fórmulas mágicas.
Belomancia – Adivinhação pela observação da trajetória de flechas.
Bibliomancia – Consulta de uma passagem ou linha de um livro, escolhida ao acaso.
Botanomancia – Adivinhação que queima os pequenos ramos de verbena ou outro vegetal, colocando-se no fogo, inscritas em papel, as perguntas que deverão ser respondidas.
Brizomancia – Nome que se costuma dar à arte de interpretação dos sonhos.
Cafeomancia – Leitura da borra de café.
Capnomancia – Adivinhação por meio da fumaça.
cartomancia – Adivinhação através de jogos de cartas.
Catroptomancia – Adivinhação por meio de lentes ou de espelhos mágicos. Esta prática esteve em voga na Roma antiga, e é mencionada por Apuleo, o filósofo e novelista romano, bem como por Pausanias, o viajor grego, e por Santo Agostinho.
Causimomancia (ou Piromancia) – Adivinhação pelo fogo (quando o objeto jogado ao fogo não queimava, o prognóstico era muito propício).
Cefalomancia – Assava-se uma cabeça de asno sobre brasas e perguntando se o suspeito era ou não culpado.
Ceraunoscopia – Adivinhação que os antigos, praticavam pela observação dos raios e dos relâmpagos e dos trovões, assim como de outros fenômenos do ar.
Ceromancia – Adivinhação através de cera derretida.
Chaomancia – Arte adivinhatória baseada nos sinais oferecidos pelo ar.
Cledonismancia – Sistema adivinhatório baseado nas frases que chegam primeiro aos nossos ouvidos.
Cleromancia – Adivinhação através do jogo de dados.
Dactilomancia – Adivinhação através das letras do alfabeto.
Dafnomancia – Observação da maneira pela qual um ramo de louro, jogado ao fogo, queimava.
Empiromancia – Observação de objetos jogados ao fogo sacrificial.
Eromancia – Um dos seis sistemas de adivinhação que eram mais freqüentes entre os persas. Consiste no seguinte: o consultante tapa sua cabeça e rosto com um pano e segura nas mãos uma vasilha com água. Então formula seu desejo ou sua pergunta. Se a água lhe parecer que está fervendo, é prognóstico de que as coisas sairão bem.
Fisiogonomia – Adivinhação de caráter pelas formas do rosto.
Gastromancia – Adivinhação por meio de ventriloquismo.
Geloscopia – Adivinhação pela interpretação do riso de uma pessoa.
Geomancia – A geomancia, que surgiu em tempos remotos, possivelmente tenha esse nome não apenas por interpretar marcas feitas no solo, na terra, mas por ser uma das formas de consulta à Divindade da Terra – ou Espírito da Terra.
Geromancia – Esta adivinhação fundamentava-se no exame das vísceras das vítimas.
Grafologia – Sistema de conhecimentos pertencente ao quadro das ciências ocultas, que, pelo exame da forma de um escrito, deduz as tendências principais caráter e inclinações – do indivíduo que o fez.
Hepatoscopia – Observação do fígado de um animal morto.
Hidromancia – Adivinhação por meio da água.
Hipomancia – Observação do caminhar de um cavalo.
Ictiomancia – Observação das entranhas de um peixe.
Lampadomancia – Adivinhação por meio da chama de uma lâmpada ou vela.
Lebanomancia – Observação das volutas da fumaça do incenso.
Lecanomancia – Maneira de predizer o futuro por meio da água, do ouro e de pedras preciosas.
Litomancia – Adivinhação por meio de pedras que se obtém fazendo com que batam umas contra as outras para deduzir sinais pela intensidade e timbre do som.
Mararitomancia – Adivinhação por meio de pérolas.
Nairancia – Sistema árabe de adivinhação fundamentado nas interpretações obtidas de certos sinais e aspectos do Sol e da Lua.
Necromancia – Processo para se obter respostas dos cadáveres ou da cabeça de um morto, e também das almas dos falecidos, por meio de evocações.
Nigromancia – Sistema mágico de encontrar as coisas que estejam ocultas em lugares obscuros, profundos e tenebrosos, como acontece nas cavernas, minas, galerias subterrâneas etc.
Oculomancia – Antigo modo de descobrir os autores de roubos e outros crimes baseado na maneira de olhar do suspeito.
Oeniática – Observação do vôo dos pássaros.
Ofidiomancia – Adivinhação por meio das serpentes, conforme a sua maneira de rastejar.
Oinomancia – Adivinhação por meio do vinho, segundo a qual se deduzem as profecias conforme os caracteres do seu sabor ao bebê-lo e outras circunstâncias especiais. Os persas usavam muito este processo.
Ololigmancia – Adivinhação que se praticava deduzindo-se os presságios através dos latidos dos cães.
Onfalomancia – Sistema de adivinhação por certos caracteres que o umbigo apresenta. As antigas parteiras eram as que mais usavam esta arte adivinhatória.
Onicomancia – Adivinhação por meio das unhas.
Onomancia – Adivinhação baseada no estudo dos nomes das pessoas.
Ornitomancia – Adivinhação baseada no vôo, canto e chilrear das aves.
Ouija – Tabuleiro constituído de uma prancheta com o alfabeto e outros símbolos. Usado para manter contato com os espíritos. Ouija é marca registrada.
Ovomancia – Adivinhação por meio de jogar-se ovos ao fogo e observar-se de que forma arrebentavam.
Palmascopia – Augúrio tirado das palpitações notadas por meio da mão em diversas partes do corpo da vítima dedicada ao sacrifício.
Pegomancia – Adivinhação que se praticava nas fontes naturais de água lançando nela algumas pedras e observando seus movimentos dentro do líquido.
Peratoscopia – Adivinhação baseada no significado atribuído aos fenômenos e coisas extraordinárias que apareciam nos ares.
Phillorodomancia – Adivinhação por meio das folhas de rosas. Os gregos faziam estalar os círculos feitos com elas sobre o dorso ou sobre a palma da mão, tirando deduções e interpretações do ruído que faziam.
Psephosmancia – Espécie de adivinhação praticada pelos antigos que consistia em deduzir prognósticos através das figuras formadas por algumas pedrinhas escondidas na areia.
Quiromancia – Observação das linhas da mão.
Quironomia – Parte da quiromancia que estuda a mão segundo seus aspectos e sua forma para deduzir caracteres e indicações que complementam, precisam e detalham a análise e interpretação das linhas e outros sinais existentes na palma da mão.
Rabdomancia – Adivinhação por meio da varinha de adivinhação.
Rhapcodomancia – Adivinhação que se praticava, abrindo casualmente um livro de poesia e tomando as primeiras palavras vistas pelo consultante como sendo a resposta para suas perguntas. Geralmente usavam-se nesta adivinhação as obras de Homero e de Virgílio.
Sciamancia – Sistema divinatório baseado na evocação das sombras dos mortos. Diferencia-se da necromância e da psicomancia pelo fato de que não é a alma ou corpo do defunto que dá as respostas, mas uma sombra ou simulacro do falecido.
Sideromancia – Conjunto de conhecimentos que englobam o estudo dos corpos celestes, seus movimentos e posições em relação à Terra, e do influxo que possam exercer sobre as pessoas e coisas terrestres.
Spodomancia – Sistema divinatório que se praticava na Antigüidade por meio de cinzas procedentes das fogueiras dos sacrifícios.
Teomancia – Parte da cabala que estuda os mistérios da divindade e os contidos nos nomes sagrados.
Xilomancia – Observação da posição dos gravetos no chão.

 

 

 

Astrologia Sobre o tempo

Tempo é o bem mais precioso do universo. E a astrologia é o conhecimento que a humanidade inventou para acompanhar sua dança.

Uma das primeiras manifestações de pensamento cientifico da humanidade deriva da observação e registro da relação que existe entre os sinais do céu e os acontecimentos aqui na terra.

O céu revela períodos e ciclos como o dia e a noite, referentes ao sol, assim como também a relação das marés e as diversas fases da lua.

 

Toda vez que a gente tenta entender como funciona o tempo, em primeiro lugar dirige o olhar ao céu, porque nele encontraremos uma medida certa, uma matemática que se revela por meio da coreografia dos astros.
A história da astrologia está intimamente ligada ao esforço que a humanidade vem fazendo para sincronizar as atividades aqui na terra com esses movimentos planetários.

É por isso que a astrologia sempre esteve presente na construção dos calendários, e hoje em dia a vida complexa das sociedades modernas seria virtualmente impossível sem a presença de agendas e calendários.

Calendários e agendas são expressões do tempo, e tempo é expressão de movimentos planetários.

No entanto, o tempo é um paradoxo, já que cada ser humano pode ter uma experiência diferente dele.

A mais clara prova disso é que cada tribo humana tem um calendário diferente. Calendários e religiões sempre caminharam juntos.
Mas apesar de que a visão humana possa encontrar diferenças e paradoxos na contemplação do tempo, esse ente abstrato que permeia o universo inteiro, e submete deuses, galáxias e planetas é absoluto.
Nada existiria se não houvesse tempo.

A Relatividade do Ano 2000 e Início do Terceiro Milênio

Se quiséssemos ser realmente exatos, o verdadeiro ano 2000 teria de ser 1997 contando a partir do verdadeiro nascimento de Cristo, que aconteceu por volta de 4 a.C.

Enquanto o ano era 2000 para a tribo cristã:
Era 2753 para o antigo calendário romano;
2749 para o antigo calendário babilônio;
6236 para o calendário egípcio, que foi o primeiro a ser construído;
5760 para o calendário judeu;
1420 para o calendário muçulmano;
1378 para o calendário persa;
1716 para o calendário copta;
2544 para o calendário budista;
5119 do atual grande ciclo Maia;
224 para o ciclo que começou com a revolução francesa.

 

 

História do tarô

Teorias e crenças à parte, ninguém sabe exatamente de onde veio ou o motivo da invenção do tarô. Tudo o que sabemos é que não há qualquer registro, pintura, literatura ou qualquer coisa que se pareça com o tarô, ou a jogos de cartas no geral, muito anterior à época da Renascença (1400-1600). Os mais antigos tarôs e documentos relacionados datam do final do século XIV.

Hoje existem três museus sobre o tarô:

  • Museu Fournier (Ávila, Espanha)
  • Museu da Cidade (Marselha, França)
  • Museu da U.S. Games (Stamford, EUA)

Também podem ser encontrados documentos e decks de tarô variados nos principais museus do mundo, tais como o Louvre (França).

As primeiras cartas do tarô não tinham nome nem numeração, somente sua expressão simbólica. Entre 1500 e 1600, começaram a surgir as primeiras cartas com numeração e nominação. O número de cartas também variava – foram encontrados tarôs com mais de 90 cartas. Por volta de 1690, todos os tarôs da Europa já tinham sua estrutura fixa com 78 cartas e numeração e nominação específicas, mas não existe um consenso de como ou porque se chegou a essa estrutura.

O tarô era exclusivamente europeu até sua chegada aos Estados Unidos entre 1870 e 1920. No Brasil e demais países da América do Sul, apareceu somente entre 1945 e 1980.

Um dado interessante é que as cartas não se chamavam tarô, nem cada uma delas chamada de arcano. Nos primeiros registros, no final do século XIV, o tarô era chamado de ludus cartarum. Depois, entre 1400 e 1450, de naibis. Posteriormente, entre 1450 e 1590, começou a ser chamado de tarocco ou tarochino. Foi precisamente em 1592, na fundação de uma associação de artesãos franceses, que a palavra tarot surgiu. Finalmente, a partir de 1850, as unidades passaram a ser chamadas de arcanos.

Desde seu aparecimento na Europa, no final do século XIV, até o final do século XVIII, as cartas eram vistas de forma lúdica e mística. Nenhum ocultista deu importância ao seu significado simbólico e oracular até 1775.O tarô era visto como uma atividade feminina, e o primeiro homem a jogar tarô em sua forma oracular foi o parisiense Etteila, por volta de 1780/85. Pamela Smith foi a primeira mulher a desenhar um tarô (Rider-Waite), em 1910.

Somente a partir do século XIX, o tarô começou a ser estudado definitivamente pelos grandes ocultistas. No século XX, se popularizou entre esotéricos e exotéricos. Antes disso, também não existia nenhum livro sobre o tarô escrito por uma mulher.

 

 

Quiromancia

Quiromancia é o nome dado à arte de ler as mãos. Era comum na época medieval e sabe-se que existiu quando Grécia e Roma estavam no auge. Assim como outros tipo de adivinhação, há um conjunto de significados fixos a ser aprendido, mas a intuição também deve ser bem empregada.

A mão muda do começo ao fim de nossas vidas; as linhas de nossa mão não são as mesmas de dez anos atrás e não serão as mesmas daqui a dez anos. Apesar de a sua mão ser um resumo de sua vida, a quiromancia na realidade é apenas uma tentativa de resumí-la. Só você pode determinar o curso que sua vida tomará.

 

A quiromancia é uma leitura estritamente diagnóstica, nunca uma informação final, ou seja: podemos ler o que está escrito nas mãos e ver o que pode acontecer no futuro se as condições permaneceram como estão. Desta forma, a pessoa pode tomar certas atitudes para alterar o seu curso.

Como quiromante, a sua posição é muito importante durante uma leitura. Não faça suposições sem embasamento nem aterrorize a pessoa caso a linha da vida dela seja curta, por exemplo. Ao invés disso, nesse caso, você pode alertá-la a ter cuidado com a sua saúde no futuro etc. E, na questão das suposições, apenas leia a mão da pessoa; por isso é ideal que você não conheça a pessoa que estiver se consultando com você. As mãos dela e a sua intuição são o suficiente.

À medida que vamos nos aperfeiçoando na quiromancia, passamos a ver as pessoas de outra forma. Com uma pequena olhadela em suas mãos, podemos tirar conclusões bastante significativas sobre a sua personalidade, especialmente em uma primeira impressão

 

 

Pêndulo

Os pêndulos apareceram inicialmente na Roma Antiga como um instrumento para determinar o resultado das guerras. É um instrumento radiestésico que tem como finalidade fazer com que certas vibrações universais sejam recebidas pelo inconsciente de quem o está manipulando.

 

Fisicamente, o pêndulo é um peso na ponta de um fio ou cabo flexível e resistente, podendo ser encontrado em diversos materias (madeira, cristal, pedra, metal etc.). Também pode ter várias formas.

O uso do pêndulo é bastante simples, pois ele responde basicamente “sim” e “não”. A complexidade de suas respostas depende apenas da pergunta feita pelo operador.

Você pode comprar ou fazer o seu pêndulo. Pêndulos de diversas formas e materiais são encontrados aos montes em qualquer loja esotérica. Escolha o que mais lhe agradar; acredite na teoria de que os instrumentos é que escolhem a gente, e não o contrário.

No entanto, você pode fazer o seu próprio pêndulo, o que vai agregar mais energia sua a ele do que a um comprado, mas isso é muito relativo. Muitas vezes achamos um que seja exatamente como queríamos em uma loja, e será especial de qualquer forma.

Métodos de limpeza do pêndulo

Ao adquirir qualquer instrumento mágico, a primeira coisa a se fazer é limpá-lo não só fisicamente, como também energeticamente. Com o pêndulo não é diferente. Isso porque o pêndulo passou por diversas mãos até chegar em você, e entrou em contato com muitas energias diferentes. Limpando-o, você apagará essa confusão de energias e ele estará pronto para ser consagrado como seu.

Uma seqüência de limpeza para o seu pêndulo:

Água: Em primeiro lugar, limpe o seu pêndulo fisicamente, usando sabão líquido e água. Enxagüe-o em água corrente (pode ser a de qualquer torneira – nesses tempos tão civilizados, infelizmente para alguns é a única maneira), visualizando toda a sujeira (física e energética) indo, literalmente, por água abaixo.

Descanso: Coloque o seu pêndulo em um recipiente com água e sal, descansando durante um dia inteiro e uma noite inteira, tomando banho de sol e de lua. Você pode deixá-lo no seu quintal ou na janela do seu quarto. É importante ver de que material é o seu pêndulo antes de realizar esta etapa. Se ele for de metal, provavelmente enferrujará ao colocá-lo na água por tanto tempo; prefira deixar o recipiente vazio. Se for de madeira, é aconselhável enterrá-lo na terra, de preferência uma terra fértil, com plantas.

Finalização: Após realizar essas etapas anteriores, lave novamente o pêndulo como na primeira vez, sabendo desta vez que ele já está limpo e pronto para ser consagrado e utilizado por você somente.

Ao limpar seu pêndulo, é importante que você esteja concentrada no que está fazendo, senão não surtirá nenhum efeito.

 

 

Runa (etimologia)

Da mesma forma que foi associada à palavra gótica runa, acredita-se que a palavra “runa” derive da palavra alemã rauneu, que pode significar “cortar ou entalhar”, e da antiga palavra nórdica run, que quer dizer “segredo”.

Na Antigüidade, as runas eram cortadas ou entalhadas em pedra, madeira ou osso. Elas são miticamente associadas ao deus nórdico Odin, que diz ter recebido a sabedoria das runas ao ficar pendurado na Yggdrasill, ou “Árvore da Vida”, por nove dias ou noites.

 

De acordo com a lenda, as 24 runas (conhecidas como as Mais Antigas e Futhark Comum) foram reveladas a Odin. Mais tarde, ele escreveu a Eda Poética, em 39 poemas e cantos, que se tornaram a fonte dos sistemas rúnicos:

Penduraram-me sem pão,
Nem chifre para beber,
Para baixo olhei,
As Runas peguei,
Gritando as agarrei,
E de lá caí.

Os caracteres fonéticos F, U, TH, A, R e K eram usados nos antigos escritos rúnicos de cantos e poemas orais. Atualmente, grande parte das pessoas que utilizam as runas trabalham com uma série de 24, divididas em três grupos ou famílias de oito runas conhecidas como aettir.

Cada família de oito pode ser associada a oito direções no horizonte, festejos sazonais, e a vários ciclos de tempo e estrelas. Elas indicam a direção, o lugar e a família. A ordem mágica das letras é determinada.

As 24 runas germânicas, conhecidas como “Futhark”, foram extraídas dos símbolos das seis primeiras runas.

O primeiro contato que os anglo-saxões tiveram com as runas foi em Schleswig-Holstein e no noroeste da Alemanha. Mais tarde, eles desenvolveram 28 símbolos que foram levados para a Inglaterra durante os séc. V ou VI, onde continuaram a evoluir chegando a 33 símbolos no início do séc. IX.

Outro alfabeto rúnico importante existiu na Escandinávia e na Islândia. Esse alfabeto, entretanto, tinha 16 runas ao todo, indicando que algumas runas representavam mais de um som.

A maioria dos estudiosos enfatiza o significado mágico das runas. Sem dúvida, as runas eram usadas de maneira especial para feitiços e magia, e compunham um alfabeto de múltiplas utilidades, cada vez mais utilizado para fins não mágicos.

 

O nome Ogham deriva de oga-ama - ogasun, que siginifica propriedade e opulência, e ama, que significa sacerdotisa e mãe. Por extensão: “Propriedade da Suprema Sacerdotisa”.

A origem do Alfabeto Ogham é atribuída ao deus mitológico Ogma – oriundo dos Tuatha De Damann, uma raça de deuses gerados pela deusa Danu, uma das faces da Mãe Suprema (o Princípio Feminino de Deus). Essa raça era conhecida pela sua eloquência e interesse pelas artes em geral, em especial, a poesia. Ogma, entre eles, destacava-se tanto por suas habilidades artísticas quanto guerreiras; tornou-se campeão de todos os processos iniciatórios, venceu torneios e promoveu as mais incríveis façanhas, revelando-se, enfim, “aquele que possui o conhecimento do carvalho”.

A maneira pela qual o deus Ogma criou o alfabeto continua desconhecida – é de presumir-se que, por ter se revelado o mais proeminente de sua raça, ele tenha sido o Eleito para receber o Conhecimento. (Pode-se subentender, portanto, que Ogma era “Propriedade da Suprema Sacerdotisa” – algo como “o filho favorito”.) Mas, o que está claro, é que o objetivo de Ogma, ao criar o alfabeto, foi permitir que determinados conhecimentos fossem registrados de forma cifrada, para que não caíssem em domínio público. A palavra galesa oghum, por exemplo, deriva de ogham e significa “conhecimento oculto”.

A exemplo das Runas para os nórdicos, Ogham é um alfabeto essencialmente relacionado aos celtas a à cultura desse grupo étnico, sendo utilizado principalmente por bardos e druidas.

Os celtas eram exímios guerreiros, metalúrgicos, agricultores, criadores de animais, construtores de estradas e de carroças. Mas eram, sobretudo, especialmente ligado às artes, à música, poesia, divinação e à celebração da vida em grandes festas e rituais.

Sobre o alfabeto ogâmico, em específico, muito têm-se especulado, polemizado, deliberado, contestado: quer pela sua “estranha” forma de escrita, quer pela sua origem remota, quer por suas poucas evidências histórias. No entretanto, o fato incontestável é que, seja lá como for, ele se apresenta com evidente veracidade nos dias atuais. Para quem estiver receptivo às vibrações dos “Sussurros Célticos”, perceberá que toda especulação e polêmica em torno do assunto é inútil – mera teoria elucubrativa. Quem quer que assimile a essência do “espírito ogâmico” se verá enriquecido pela experiência de buscar o autoconhecimento divinatório através da “Voz das Árvores”.